O que?

Mais um capítulo da série "Meu Baianês"! Só palavras e expressões ditas na minha região!

Trabalho de Olaia: Essa gíria é exclusividade da cidade de Itagi, onde cresci! Me lembro de Olaia e acho que ela era uma mulher que não fazia muito as coisas da maneira correta. Então, quando a gente comete um deslize, faz algo da maneira mais difícil (Conhecido também como 'trabalho de português"), a gente diz que fez "trabalho de Olaia"!

Custipio ou curtipio: Dar um custipio ou um curtipio, é passar mal, ter um desmaio, essas coisas! Também nunca ouvi isso fora de Itagi. E uma professora minha dizia que existiam dois tipos de custipio: o rajado e o redondo. Um era mais grave que o outro mas não sei dizer quem é quem!

Zarro: Uma palavra que é característica da região de Jequié. Zarro é aquele indivíduo tosco, sabe? Aquele cara que veste roupas brega, esquisitas, usa um chapéu estranho que não combina com todo o resto. Significa também aquele cara que só fala bobagem, piadas de duplo sentido e coisas assim.

Oxe, oxe, oxe, oxe: Sim, são quatro "oxe"! Na região em que cresci a gente fala oxe, fala oxente, mas quando a coisa é grave a gente fala "oxe, oxe, oxe, oxe"!

Apolo: É conhecido como geladinho, juju, dindin, e outros nomes mais. É aquele "picolé" dentro do saquinho, sabe? Aquele que é cilíndrico e muita gente faz usando "ki-suco" e na primeira chupada a cor vai toda embora e só fica o gelo! Quando é feito no saquinho maior ou quadrado, se chama apolão.

Ficar com a cara rodando: É quando a pessoa fica sem graça diante de uma situação. Ex.: Fulano tomou um fora de Cicrana e ficou com a cara rodando!

Perder a chave: O mesmo que "ficar com a cara rodando".

Gorpe: Quer dizer um gole, principalmente de café. Ex.: Vou ali na casa de Fulano tomar um gorpe de café.

Malaquias: É o sujeito esperto, que não cai em esparro!